Como Escolher o Capacete de Motard Certo (Homologação, Material e Tipo)
Como Escolher o Capacete de Motard Certo (Homologação, Material e Tipo)
O capacete é o equipamento de segurança mais importante para qualquer motociclista. A escolha correta pode ser a diferença entre a vida e a morte, e deve ser guiada por critérios de segurança, homologação e, claro, ajuste. Não basta ser bonito; o capacete deve ser legal e adequado ao seu tipo de condução. Este guia detalha o que procurar antes de investir no seu próximo capacete.
1. A Homologação: O Selo de Segurança Obrigatório
Antes de analisar o preço ou a marca, verifique se o capacete é legal para circular na Europa.
- ECE 22.05 e ECE 22.06: Todos os capacetes vendidos na Europa devem possuir o selo de homologação ECE (Economic Commission for Europe). O padrão atual e mais rigoroso é o ECE 22.06, que exige testes de impacto mais abrangentes, incluindo impactos rotacionais. Desde 2023, é a única norma que pode ser vendida, e é a mais recomendada.
- O Rótulo E: Procure a letra 'E' numa etiqueta costurada na correia de queixo, seguida de um número (ex: E9 para Portugal).
- Homologação P/J (Apenas para Modulares): Se optar por um capacete modular, verifique se tem a dupla homologação P (Protetor) e J (Jet/aberto). Isto certifica que o capacete pode ser usado em segurança tanto fechado quanto aberto (embora o uso fechado seja sempre mais seguro).
2. Tipos de Capacete: Escolher Pelo Uso
O melhor tipo de capacete depende de onde e como conduz.
- Integral (Full-Face):
Oferece a máxima proteção, pois a estrutura da queixeira é fixa e mais resistente. É ideal para autoestrada, velocidades elevadas e viagens longas. Oferece melhor isolamento acústico e aerodinâmica.
- Modular (Flip-Up):
Combina a proteção de um integral com a conveniência de um capacete aberto (basta levantar a queixeira). Excelente para touring, viagens urbanas frequentes e para quem usa óculos. Como mencionado, verifique sempre a homologação P/J.
- Jet (Open-Face):
Não tem queixeira. É a opção mais leve e fresca, ideal para scooters e deslocações estritamente urbanas a baixa velocidade. Oferece proteção mínima e não é recomendado para autoestrada.
- Dual-Sport/Cross:
Combina um design integral com uma pala e uma queixeira mais saliente (para melhor ventilação e uso de óculos de proteção). Projetado para condução mista (asfalto e off-road).
3. Materiais: Segurança, Peso e Preço
O material da carcaça (shell) afeta diretamente o peso e a capacidade de absorção de energia.
- Termoplástico (Policarbonato):
O material mais comum e mais acessível. Oferece boa proteção, mas é mais pesado e volumoso.
- Fibra de Vidro ou Compósitos (Fibra de Vidro/Kevlar):
Oferece um equilíbrio superior entre peso e resistência, sendo mais leve que o termoplástico e com melhor capacidade de absorção de impacto. Preço intermédio.
- Fibra de Carbono:
O material de topo. É o mais leve e mais resistente, ideal para longas distâncias (reduz a fadiga do pescoço) e para uso desportivo. É, naturalmente, a opção mais cara.
4. Ajuste, Conforto e Viseira
Um capacete só é seguro se estiver no tamanho certo. O conforto garante que o irá usar corretamente.
- Ajuste (Tamanho): O capacete deve ser apertado, mas sem ser doloroso. As bochechas devem estar ligeiramente pressionadas. Se conseguir rodar o capacete facilmente na cabeça, é demasiado grande. Se conseguir colocá-lo e retirá-lo com muita facilidade, é demasiado grande.
- Ventilação: Essencial, especialmente para o clima português. Verifique a qualidade e o número de entradas de ar (queixeira e topo).
- Pinlock e Viseira: O Pinlock (lente interna anti-embaciamento) é obrigatório para qualquer condução fora do verão. Verifique se a viseira tem proteção UV e se o mecanismo de troca é rápido e fácil.
- Dica Final: Compre sempre um capacete novo. O material interior (EPS) de um capacete usado pode estar danificado sem que seja visível, comprometendo a segurança. Substitua o capacete a cada 5 a 7 anos.
Conclusão
A escolha do capacete deve ser uma prioridade e nunca uma poupança. Escolha um modelo com homologação ECE 22.06, do tipo mais protetor que a sua utilização permite (Integral é sempre preferível) e que lhe assente perfeitamente. Um ajuste correto é tão importante quanto o material de que é feito.
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